domingo, 23 de outubro de 2016

O CONVITE DA LIBERDADE

Transcrição de legenda do Vídeo original por Kosi Freedom 
Tradução e Sincronização: Guilherme Noronha



"Com um séria intenção de verdadeiramente ser livre, vem o reconhecimento de que nada é mais importante que a Liberdade. Nada. Nem os prazeres, a saúde. Diga a verdade sobre aquilo que você deseja; o que você busca sob o pretexto da iluminação ou autorrealização. Examine profundamente sua motivação. O que você realmente tem como objetivo? Sua descoberta pode ser esmagadora. Se você descobrir intenções que nada tem a ver com a Liberdade, a Verdade, ou Deus, então você tem a escolha de mudar seu foco à Liberdade. Se, de fato, você quiser apegar-se por mais tempo em aspectos como poder, sexo, e sobrevivência; se você quer obter mais prazer das coisas, então diga a verdade. Há um momento de Verdade que é profundo, no qual se você realmente deseja a liberdade, você está disposto que toda sua vida acabe agora mesmo. Você não está esperando por outro momento. Apenas a verdade é importante. A rendição deve ser total; qualquer coisa abaixo disso é apenas uma forma de autotortura em nome da segurança. A intenção de ser livre pode o levar para casa através dos piores infernos, até mesmo uma vida inteira infernal. A intenção em si é a luz que diz: "O Lar se encontra Aqui". Não se trata de uma intenção comum que tem a ver com o desejo por alguma coisa. É de uma ordem completamente diferente. É o verdadeiro mestre na sua vida. Ele te convida a entregar seu ódio pelos outros, sua culpa, suas justificativas, sua compreensão e a rejeição ao propósito de ser livre. Você pode passar muito tempo de sua vida resistindo ao convite da Liberdade, lutando contra ele, fugindo dele, negando-o, desacreditando nele, ou imaginando sua pouca importância. Essa resistência é o ponto crucial do seu sofrimento. Surpreendentemente sua intenção cria a clareza para ver ou para procurar ajuda no que diz respeito aos seus hábitos que trazem sofrimento. Essa clareza lhe trouxe a este ponto e vai levá-lo onde você precisa ir em seguida. Confiar nessa intenção significa confiar na vida. Como você faz uso das pessoas que aparecem na sua vida, bem como as circunstâncias, pensamentos, emoções e contradições, depende de você. Você tem uma absoluta e completa escolha. Não estou querendo chamar isto de outra visão New Age como em "Eu escolho criar minha realidade". O que quero dizer é que escolher como sua realidade atual pode ser usadapela própria intenção de ser livre é algo digno de confiança. Se você acreditar que pensamentos, eventos ou pessoas vão lhe garantir segurança, você acabará desiludido. Se você não tem um permanente reconhecimento de que você já é livre, assim como você é, onde quer que você se encontre, então sua mente ainda está envolvida em uma história. Talvez seja uma das mais profundas histórias. Para examinar essa história você pode questionar seu interior: O que necessito para ser livre? Tome um momento para considerar a forte possibilidade, até mesmo a certeza, de que todas essas histórias são mentiras feitas através do poder imaginativo da mente. E se nada for necessário para a Liberdade? "  
 - GANGAJI

GANGAJI

quinta-feira, 11 de agosto de 2016

7.442.567.150 PESSOAS TENTANDO PASSAR DE FASE

  





    - Qual a população mundial atual? - perguntei ao Google.

   E ele me levou ao site worldometers que mostra, entre outras contagens interessantes, a quantidade de pessoas nascendo e morrendo enquanto olho para a tela.

   7.442.569.180 pessoas é a população atual do planeta Terra. Notou a diferença entre este número e o do título? Se eu quiser publicar um número atualizado, jamais concluirei esta crônica, portanto vamos considerar que sejam sete bilhões, quatrocentos e quarenta e dois milhões(+) pessoas vivendo.

   Até às 04h06 de hoje a população cresceu 50.873.702 este ano. Incrível não é? Nasce mais que o dobro de pessoas do que morrem, todos os dias.
   
   De onde vem tantas almas? De outros mundos menos evoluídos, talvez? Se for, as almas estão evoluindo cada vez mais rápido para chegar aqui. Será que é só por isso que a população cresce? Afinal, quem já está aqui também deveria estar evoluindo para saltar para o próximo estágio, não é?  E considerando que o Universo seja equilibrado, deveria haver um certo equilíbrio entre a quantidade de almas chegando e saindo, porque haverá um dia em que a Terra não dará conta de tantas almas encarnadas. Sim, até a Terra, tão grande, tem um limite para caber gente nela.

   Então imaginei cada um desses mundos como uma fase num videogame chamado vida eterna. Tem esse nome porque o jogo não acaba nunca. E requer um certo tempo entre uma fase e outra. Cada fase uma vida. Mas não necessariamente, cada vida outro mundo, porque ele pode se repetir. Acontece quando o jogador não atende todos os requisitos para passar à fase seguinte, então entra num círculo vicioso de nascer e morrer num mesmo mundo, até conseguir.

   A Terra deveria ser uma fase relativamente fácil do jogo vida eterna, mas os jogadores a complicaram. Tanto que o Universo até tem aumentado o tempo de vida média nela, para tentar dar conta do recado. Lembrando que é muita alma querendo chegar. Uma solução logística. O problema é que as almas que aqui chegam perdem seu precioso tempo se distraindo com coisas sem nenhum proveito, e quando se vê, lá se foi o tempo que deveria ter sido usado evoluindo para passar de fase.

   O resultado é um funil com milhares de almas se acumulando todos os dias para nascer. Uma pequena parte delas vem das fases anteriores. Mas a maioria são repetentes, almas distraídas que precisam voltar para jogar de novo, de novo e de novo... Será que este jogo vicia? Ou as distrações é que são viciantes, ao ponto de ficarem presas nelas? - Pobres almas iludidas, que em vez de evoluir com o que já sabiam, acabam por regredir com o que aprendem.

   Mas como diz o nome do jogo, a vida é eterna. Temos todo o tempo dos mundos. Quem não tem tempo é a Terra.

Gutto Carrer Lima

quarta-feira, 23 de março de 2016

A MULHER E O HOMEM DA CASA



A mulher tem mais oportunidades de entender ao homem do que o contrário – ou pelo menos deveria ter. A mulher não deixa de ser mulher ao trabalhar e desenvolver-se numa carreira, por exemplo. Ela pode ser profissional, esposa, mãe, e ainda dedicar algum tempo que sobra aos cuidados básicos que uma casa requer. Já o homem, raramente permite-se a inversão de papéis onde a mulher trabalhe e seja provedora enquanto ele cuida da casa. Quando acontece, é circunstancialmente e por algum tempo. Orgulho masculino ou cobrança social? Este tipo de compreensão e valorização do outro nem sempre se equilibra. Cada um tende a cobrar conforme os próprios valores. 



Um homem doméstico pode entender a mulher doméstica, assim como a mulher provedora entende o homem provedor. As preocupações de quem cuida do que foi provido são diferentes daquelas de quem provém. Quando homem e mulher conhecem os dois lados, ambos valorizam o que cada um faz. Não há cobranças injustas ao provedor, do tipo: — Você só pensa em trabalho! – Ou: — Você não faz nada! – a quem fica cuidando da casa. Nos últimos cinquenta anos, tornou-se comum a mulher acumular os dois papéis. Há homens que cobrem a presença maior da mulher em casa, e há os que prefiram que ela deixe os cuidados domésticos para ir ganhar dinheiro, realizar-se ou somar à renda familiar, ignorando que a realização de algumas mulheres ainda pode estar justamente no lar. 



E ao homem? Caberá o direito de realizar-se cuidando da casa? – O homem doméstico acumula funções. Além de limpar, lavar, passar, arrumar, cozinhar, administrar a dispensa e fazer compras, também conserta, engendra-se em trabalhos de encanador, eletricista, pedreiro, pintor, instalador, mecânico, restaurador etc. Trabalhos que geralmente são valorizados quando ninguém mais os fez, e passam a fazer parte da lista de tarefas domésticas. Tudo visando manter a casa organizada e pronta para funcionar quando todos precisam. Na prática, ele é o homem da casa. Embora no conceito social, o homem da casa seja quem põe o dinheiro e paga as contas.




Sensação tão boa quanto chegar em casa e ter tudo arrumado, limpo e organizado, é o reconhecimento por quem a arrumou, limpou e organizou. O mesmo reconhecimento que se tem por quem paga as contas e não precisa pagar por esses serviços. 


A dinâmica de um lar é mais complexa do que as praxes preconceituosas e cobranças sociais de sucesso, realização e felicidade. É preciso dinheiro para tudo, mas ele não é tudo, pois a realização pessoal pode diferir de uma pessoa para outra. Felizes os cozinheiros, faxineiros, caseiros e demais empregados domésticos que fazem o que gostam e gostam do que fazem. Houve tempo em que não era preciso muito para pagar por eles. Felizes as donas (e donos) de casa que, exceto em caso de necessidade, não são pressionados a serem mais do que isso. Tudo isso.

Gutto Carrer Lima